sexta-feira, 30 de maio de 2008
Escrevo o que vejo
Escrevo o que vejo, mas também
vejo o que escrevo. E no teu rosto,
o que vejo são as palavras que
nascem dos teus olhos, quando
os abres, e toda a luz do mundo
desce pelo teu rosto, dizendo
que é manhã. Por isso as escrevo,
para que a manhã possa nascer
deste poema, através das palavras
que o teu rosto me ensina.
Poema: Nuno Júdice
Foto: Nuno Manuel Baptista
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Devaneios
O teu olhar perde-se no meu… O meu olhar perde-se no teu… Entre nós há uma ligação que não consigo explicar. Entendemo-nos sem trocar uma palavra, sem dizer nada, como se não houvesse mais nada que pudéssemos dizer um ao outro, e no entanto está tudo ainda por dizer… e há tanto que te quero contar, tanto que quero partilhar contigo…
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Sinto-te a falta...
terça-feira, 27 de maio de 2008
O que desejei às vezes
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Não é o coração
domingo, 25 de maio de 2008
Aspiração
Quero viver...
Quero sonhar...
Quero querer...
Quero amar...
Quero sentir...
Quero esperar...
Quero partir...
Quero ficar...
Quero dançar na roda da vida...
Quero vogar ao sabor da ilusão...
Quero sentir-me vagamente perdida
E apoiar-me na tua mão.
Quero a beleza da lua
Numa noite de luar
Ser completamente tua
Sem receio de me dar...
Foto: Massimiliano Uccelletti
sábado, 24 de maio de 2008
Janela Indiscreta
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Distância
quinta-feira, 22 de maio de 2008
O sol nas noites e o luar nos dias
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Poema
terça-feira, 20 de maio de 2008
O amor
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Perdição
O que é que tu tens para eu te querer tanto?
Que loucura é esta que me possui cada vez que te vejo, cada vez que te ouço, cada vez que leio as tuas mensagens?
Perco-me no teu olhar, no teu sorriso...
Perco-me de cada vez que te vejo...
Perco-me com a tua voz, com as tuas palavras...
Perco-me em ti...
Foto: Paulo Almeida (Pasma)
domingo, 18 de maio de 2008
Frémito do meu corpo...
sábado, 17 de maio de 2008
Quero...
sexta-feira, 16 de maio de 2008
A hora da partida
A hora da partida soa quando
Escurece o jardim e o vento passa,
Estala o chão e as portas batem, quando
A noite cada nó em si deslaça.
A hora da partida soa quando
as árvores parecem inspiradas
Como se tudo nelas germinasse.
Soa quando no fundo dos espelhos
Me é estranha e longínqua a minha face
E de mim se desprende a minha vida
Poema: Sophia de Mello Breyner Andresen
Foto: José Luís Mendes (Ze Luis)
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Quase de nada místico
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Ansiedade
Crava-se no meu peito como uma garra, impedindo-me de respirar.
Quero-te e não te tenho.
Preciso de ti e não te encontro.
Procuro no interior de mim a lembrança do nosso tempo juntos… talvez assim consiga suportar melhor a dor da tua ausência.
Mas o efeito não é o pretendido. A memória não me conforta, antes agudiza mais a ansiedade sentida.
Tudo tem um tempo na vida. Será que o nosso já terminou?
terça-feira, 13 de maio de 2008
E por vezes
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Para sempre guardado
Quero que permaneças no meu olhar
domingo, 11 de maio de 2008
O teu nome
sábado, 10 de maio de 2008
A boca
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Dúvidas e inquietações
Ter-te ali na minha frente foi um desafio ao meu poder de concentração.
Sentia os teus olhos cravados em mim e, quando eu levantava os meus e o nosso olhar se cruzava, invadia-me uma sensação de torpor, de languidez, que não me permitia prestar atenção ao que se passava à minha volta.
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Melancolia
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Volta
Tenho fome do teu olhar
Que se demora no meu
Devassando-me até à alma.
Tenho sede dos teus lábios
Que beijam os meus com sofreguidão
Fazendo-me vibrar.
Tenho fome do teu calor
Que me envolve ternamente
Fazendo-me suspirar.
Tenho sede das tuas mãos
Que me acariciam docemente
Deixando-me em êxtase…
Tenho fome…
Tenho sede…
De ti.
Foto: antónio louro
terça-feira, 6 de maio de 2008
Gozo IV
segunda-feira, 5 de maio de 2008
A boca e as bocas
Apenas
uma boca. A tua Boca
Apenas outra, a outra tua boca
É Primavera e ri a tua boca
De ser Agosto já na outra boca
Entre uma e outra voga a minha boca
E pouco a pouco a polpa de uma boca
Inda há pouco na popa em minha boca
E já na proa a polpa de outra boca.
Sabe a laranja a casca de uma boca
Sabe a morango a noz da outra boca
Mas sabe entretanto a minha boca
Que apenas vai sentindo em sua boca
Mais rouca do que a boca a minha boca
Mais louca do que a boca a tua boca.
Poema: David Mourão-Ferreira
Foto: Susib
domingo, 4 de maio de 2008
Crepúsculo
sábado, 3 de maio de 2008
Onde vou?
Onde vou eu, onde vou?
Já nem sei donde parti…
Se eu mesma não sei quem sou!
Achei-me dentro de ti.
Eu fui ninguém que passou,
eu não fui, nunca me vi…
Fui asa que palpitou –
Eu só agora existi.
Negra dor espavorida
ou saudade dolorida
eu fui talvez no passado…
Sou triste por atavismo…
Não há ontem no cuidado
em que em cuidados me abismo.
Poema: Judith Teixeira
Foto: AmandaCom