sexta-feira, 9 de maio de 2008

Dúvidas e inquietações



Aquela hora voou.
Ter-te ali na minha frente foi um desafio ao meu poder de concentração.
Sentia os teus olhos cravados em mim e, quando eu levantava os meus e o nosso olhar se cruzava, invadia-me uma sensação de torpor, de languidez, que não me permitia prestar atenção ao que se passava à minha volta.
Os teus olhos e o teu olhar quereriam dizer alguma coisa? Estaria a interpretar bem os sinais que me enviavas? Estarias realmente a dizer-me o que eu teimava em ver? Montes de dúvidas atravessaram-me o pensamento, juntamente com um desejo louco de te abraçar, de beijar essa boca que irresistivelmente prendia a minha atenção. Quando à despedida me falaste no “nosso sítio”, aí sim, tive a certeza de que o meu desejo era o teu, a minha vontade era a tua…


Foto: Ricardo Costa


Sem comentários: